Biopesca


Linhas de pipa levam aves fragatas a óbito

05/01/2023

Desde o dia 30 de dezembro, o Instituto Biopesca registrou o caso de quatro fragatas (Fregata magnificiens) que morreram por interação com linhas de pipa. Tratavam-se de duas fêmeas e dois machos, todos adultos, encontrados em praias do litoral centro-sul paulista.

As fragatas são aves marinhas e sobrevoam as praias, geralmente em busca de alimento. Esse é o mesmo ambiente em que as pessoas empinam pipas, principalmente nesta época de férias escolares. “Animais que interagem com essas pipas têm cortes profundos. Em decorrência disso, nunca mais conseguirão voar e acabam morrendo”, explica a médica veterinária Vanessa Ribeiro, do Instituto Biopesca.

As linhas de cerol e a chilena são utilizadas para cortar a linha de outras pipas. A primeira, feita artesanalmente, usa pó de vidro ou de ferro e cola; já a segunda, produzida de forma industrial, tem pó de quartzo e óxido de alumínio, que corta quatro vezes mais do que a outra.

A venda e o uso da linha com cerol são considerados crimes e proibidos por Lei. O uso do cerol, linha chilena ou qualquer outro tipo de linha cortante também é considerado crime penal, previsto nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, e também no artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. A pena é detenção e também multa.

A população deve denunciar o uso ilegal do cerol e da linha chilena pelo telefone 190 e também pode acionar uma viatura ao acenar para os policiais e mostrar o local em que a linha está sendo empinada.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

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