Biopesca


Lobo-marinho é resgatado em Peruíbe

14/08/2020

Na manhã desta sexta-feira, por volta das 9h30, a equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) resgatou um lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis) de praia em Peruíbe (SP). O Instituto foi avisado da presença do animal às 22h30 de ontem (13/08) e a equipe o manteve em observação durante a madrugada, no aguardo da possibilidade de seu retorno para o mar. Essa vigília teve o apoio da Guarda Civil Municipal de Peruíbe.

O animal não estava debilitado e, assim, o Biopesca o translocou para uma praia mais isolada, a do Arpoador, a fim de monitorar o seu retorno para o mar. Esse procedimento foi necessário porque o local em que o lobo-marinho estava descansando é uma praia urbana, com movimento de pessoas e animais, o que prejudica sua recuperação, já que essa situação pode estressá-lo. A praia do Arpoador fica localizada no Parque Estadual do Itinguçu, área de preservação ambiental em Peruíbe. “Como o animal não voltou para o mar durante a madrugada, optamos por levá-lo para uma praia mais isolada, onde será novamente solto e terá suas condições clínicas avaliadas para atestar seu bom estado de saúde”, explica o médico veterinário Rodrigo Valle, coordenador geral do Biopesca.

Durante a operação, foram adotados todos os procedimentos de segurança tanto para a equipe, com o uso de equipamentos de proteção individual – necessários para o resgate e também  em função da pandemia da covid-19 – como para o animal, que ficou isolado por faixa de segurança durante a observação realizada na madrugada.

Essa espécie se distribui amplamente no Hemisfério Sul e habita ilhas oceânicas da Convergência Antártica dos oceanos Atlântico, Pacífico e Indico, a exemplo das ilhas de Gough, Príncipe Edward e Amsterdam, onde estão suas colônias reprodutivas, como também regiões do sul da África, Austrália, Ilhas Geórgia do Sul e América do Sul (Brasil, Uruguai e Argentina), para onde migram a fim de se alimentar durante o inverno e a primavera.

Muitas vezes, os lobos-marinhos param nas praias apenas para descansar da longa viagem. Em outras ocasiões, precisam de cuidados mais intensivos e são levados para instituições especializadas.

Na praia, a orientação do Biopesca é que as pessoas não se aproximem dos lobos-marinhos para que eles possam descansar sem ser incomodados e acionem as instituições que são capacitadas para atuar com estes animais, como o Instituto Biopesca. Caso ele se sinta importunado e volte ao mar antes de recuperar as energias, a sua chance de sobrevivência diminui.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

   

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