10/02/2021
Mais uma história infeliz para contar a respeito da interação dos animais marinhos com as ações humanas. Além do lixo e poluição, entre outras ameaças, as aves, em especial, também são vítimas das linhas de pipa. Esse foi o caso de uma fragata (Fregata magnificiens) resgatada em Mongaguá (SP) no início do mês pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Tratava-se de uma fêmea adulta, resgatada após o acionamento de um popular. Ela apresentava uma laceração profunda na asa direita causada pelo corte da linha de pipa. Recebeu o tratamento indicado na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos do Instituto Biopesca, em Praia Grande (SP), e foi rapidamente encaminhada para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos no Guarujá (SP) para realização de uma tenorrafia, uma cirurgia reparativa de tendões que foram cortados.
O uso do cerol em linhas de pipas prejudica animais e seres humanos e, em alguns casos, causa a morte. No estado de São Paulo, a prática também é proibida (Projeto de Lei 765/2016). Denuncie esse crime aos órgãos ambientais competentes! Precisamos fazer a nossa parte. Entre os órgãos fiscalizadores, está a Polícia Militar Ambiental.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.