A equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) resgatou uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) com um pedaço de linha de pesca saindo do seu corpo. Um raio X indicou a presença de um anzol, de formato J, de aproximadamente seis centímetros em seu esôfago. “Bem provavelmente, ela tem muitos metros de linha passando pelo seu trato digestório”, comenta a médica veterinária Vanessa Ribeiro.
A retirada do anzol é possível por meio de um procedimento cirúrgico. Ela recebeu todos os cuidados veterinários adequados, entre eles analgésicos, antibiótico e hidratação, até ser encaminhada para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos no Guarujá (SP). O resgate ocorreu em 8 de março, em Mongaguá.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 74 (01 de novembro de 2017) , o anzol em formato J deve ser substituído pelo circular na técnica de espinhel (utilizada em alto-mar principalmente para captura de atuns, espadartes, atuns e tubarões). Essa obrigatoriedade foi adotada para aumentar as chances de as tartarugas marinhas serem liberadas de volta ao mar com vida. Feitos de metal e sem argola, o anzol circular tem esse nome porque a ponta é curva e virada em direção à haste e, dessa forma, não fica preso à tartaruga, o que já ocorre com o J. Já a pesca recreativa pode utilizar esse tipo de artefato.