25/04/2022
Um biguá (Phalacrocorax brasilianus), um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), uma gaivota (Larus dominicanus) e uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) resgatados pela equipe do Instituto Biopesca foram encaminhados para reabilitação em abril.
Os animais estavam muito debilitados e, depois de receberem tratamento intensivo, foram estabilizados e encaminhados para centros de reabilitação parceiros para posterior soltura no ambiente.
O biguá foi resgatado pela equipe do Instituto Biopesca depois do acionamento de populares, que o avistaram encalhado em Praia Grande na manhã do dia 5 de abril. Os exames iniciais indicaram que, possivelmente, estava com infecção bacteriana. Recebeu cuidados apropriados, entre eles antibióticos, e os exames feitos depois do tratamento indicaram que suas condições clínicas mantinham-se estáveis. Ele estava se alimentando voluntariamente, mantinha-se em pé e também voava e se empoleirava no recinto, importantes indicadores de melhora.
O pinguim também progrediu muito bem graças aos cuidados recebidos. Ele foi encontrado encalhado em praia de Itanhaém no dia 22 de março e estava muito magro e debilitado. Quando ingressou para receber o tratamento veterinário, não estava comendo voluntariamente e foi alimentado por sonda. No decorrer do tratamento, passou a se alimentar sozinho, inclusive conseguindo mergulhar para buscar os peixes no fundo da piscina. Ele aumentou sua massa corporal, o que significa que ganhou peso, além de conseguir manter-se impermeabilizado e em estação (de pé), que também são bons indicadores de saúde.
Já a gaivota e a tartaruga também estavam recebendo cuidados desde março. A gaivota juvenil, encontrada no dia 20 em Peruíbe, apresentava sinais de parasitose intestinal e estava muito abaixo do peso. Graças aos cuidados que recebeu, passou a se alimentar bem e recuperou suas habilidades de voo.
Já a tartaruga foi resgatada em Itanhaém no dia 26. Ela tem fibropapilomatose, uma doença caracterizada pela presença de múltiplos tumores de pele, que podem também afetar os órgãos internos. Embora sejam tumores de natureza benigna, podem prejudicar o deslocamento e alimentação dos animais, causando debilidade e, consequentemente, a morte.