Biopesca


Nova câmera monitora outro ninho da tartaruga-de-couro

29/03/2021

Mais uma câmera de segurança foi instalada em um dos três ninhos da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) em Itanhaém (SP). Agora, o terceiro deles, localizado no Praião, também está sendo monitorado em tempo real. O equipamento foi instalado na última sexta-feira (26/03) e as imagens podem ser conferidas nos sites do Instituto Biopesca (http://www.biopesca.org.br/ninhos) e da Mineral – Engenharia e Meio Ambiente (https://www.mineral.eng.br/).

A primeira câmera foi instalada na última quinta-feira (25/03) no primeiro ninho feito pela tartaruga-de-couro, na praia do Suarão. Essas duas ações são um parceria do Instituto Biopesca e da Mineral com o objetivo de aumentar as medidas de segurança dos ninhos e também de contribuir com a disseminação de conhecimento a respeito da tartaruga-de-couro e da importância da conservação do ambiente marinho. “A divulgação das imagens em tempo real desperta o interesse e a curiosidade das pessoas e, assim, podemos disseminar essas informações”, comenta Claudio Viera, Coordenador Geral do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), Área SP, pela Mineral Engenharia e Meio Ambiente.

A tartaruga-de-couro fez seu primeiro ninho no dia 19 de fevereiro na praia do Suarão, em Itanhaém, e o segundo e o terceiro nos dias 5 e 18 deste mês, nas praias do Satélite e Praião, no mesmo município. Esses são os primeiros registros de desova dessa espécie em Itanhaém. Durante a temporada reprodutiva, a tartaruga-de-couro pode fazer até 11 posturas. Não é possível saber se as desovas em Itanhaém estão entre as primeiras ou últimas.

“Além da câmera, temos equipes se revezando na proteção e monitoramento dos ninhos”, comenta Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca. Ele explica que a organização também estava fazendo ações de educação ambiental com os visitantes dos ninhos, mas estão suspensas temporariamente em função das restrições para conter o avanço da covid-19. Essas medidas incluem o fechamento das praias. “De toda forma, todos podem continuar acompanhando as novidades em nossas redes sociais e pelo site”, reforça.

A tartaruga tem 1,77m de comprimento total e foi anilhada pela equipe do Instituto Biopesca na ocasião da primeira desova. Esse procedimento colabora com os estudos para a conservação da espécie – que está ameaçada de extinção – além de permitir o seu reconhecimento nas outras duas posturas. Essa espécie deposita, em média, 100 ovos em cada ninho, que devem eclodir entre 60 e 90 dias.

A Mineral Engenharia e Meio Ambiente é a responsável técnica e o Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral do estado de São Paulo, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

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