Biopesca


Golfinho ameaçado de extinção ganha data comemorativa

01/10/2019

A toninha, o golfinho mais ameaçado de extinção do Brasil, ganha reconhecimento neste 1º de outubro, data proposta por pesquisadores como “Dia Nacional da Toninha”. Pequena e tímida, essa espécie poderá estar extinta em até 35 anos caso não seja feito nada em favor da sua proteção. A instituição da data é uma forma de tornar a espécie mais conhecida e também chamar a atenção para o risco de extinção da espécie.

Entre agosto de 2015 e agosto de 2019, um total de 2.020 toninhas foram recolhidas mortas ou resgatadas ainda com vida por instituições que executam o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral de Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Só em São Paulo, 1.036 foram encontradas. A maior parte dos animais já estava sem vida, uma vez que é raro conseguir efetuar o resgate de indivíduos vivos. Um desses casos raros ocorreu com o Instituto Biopesca, uma das instituições executoras do PMP-BS, que, nos seus 20 anos de atuação, registrou a primeira soltura de uma toninha viva em abril deste ano.

A principal ameaça às toninhas é a captura acidental pela pesca artesanal. Embora elas não sejam alvo da atividade pesqueira, muitas vezes, não conseguem detectar a presença das redes e acabam se enroscando nesse material. Ao ficarem presas, morrem sem ar, já que não conseguem vir à superfície para respirar. Outro problema que atinge a espécie é o impacto do lixo que acaba nos mares ao ser descartado incorretamente.

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de golfinhos, tartarugas e aves marinhas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Filhote de toninha (Pontoporia blainvillei) é reabilitado e solto no litoral de São Paulo

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