22/07/2019
Você sabe o que é diafanização? Palavra difícil, né? Mas a explicação é mais fácil: consiste em uma técnica de conservação usada para estudar a anatomia, esqueletos e tecidos de animais pequenos a olho nu. Agora, os primeiros exemplares diafanizados pelo Instituto Biopesca já estão prontos para as próximas ações de Educação Ambiental da entidade.
São eles: uma cobra-do-milharal (Pantherophis guttatus), três raias-viola-de-focinho-curto (Zapteryx brevirostris), duas raias-viola (Pseudobatos sp.), um tigre d’água (Trachemys dorbigni) e uma miriquita (Myrichthys ocellatus). O processo durou, em média, cerca de três meses. “O tempo necessário é relativo ao tamanho dos animais escolhidos”, explica o biólogo Luan Bernal, do Biopesca.
“No processo, o tecido perde a coloração e os corantes azul (alcian blue) e roxo (alarizina red) fixam-se na cartilagem e nos ossos, respectivamente, dos exemplares. Dessa forma, não é necessário dissecar os animais para estudar sua anatomia”, explica Bernal.
A diafanização também é ferramenta para estudar a formação óssea de fetos de animais por meio de comparações de indivíduos com tempo de gestação diferentes.
Os animais diafanizados serão expostos nos eventos de Educação Ambiental do Instituto Biopesca, agregando mais informações aos materiais biológicos já usados nos eventos. A bióloga Juliana Viotto, responsável pelo setor do Biopesca, acredita que os novos itens ganharão mais interesse das crianças para a biologia e temas ambientais.
“Levando coisas novas e diferentes ao público, despertaremos a curiosidade, tornando mais fácil transferir conhecimento sobre o tema. Os novos exemplares mostram os animais de um jeito totalmente diferente do que eles estão acostumados a ver”, conta a bióloga.