Biopesca


Ovos de tartaruga-de-couro não estavam fecundados

10/05/2021

Todos os 103 ovos da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) recolhidos no último sábado (08/05) do ninho na praia do Suarão, em Itanhaém (SP), estavam gorados e, na sua maior parte, em decomposição. Isso significa que não foram fecundados, ou seja, não houve o desenvolvimento de embriões. O recolhimento foi necessário devido à maré muito alta ocasionada por uma ressaca que, ao remover a areia, deslocou os ovos.

Com o risco de que fossem levados pela água, a equipe do Instituto Biopesca (IBP) recolheu os ovos e os levou para análise em laboratório, localizado em sua sede, na Praia Grande. Agora, são aguardadas melhores chances de nascimento nos ninhos localizados em outras duas praias, a do Satélite e a do Centro.

A tartaruga-de-couro fez  o ninho na praia do Suarão no dia 19 de fevereiro, totalizando 79 dias desde a desova. Os outros dois ninhos, nas praias do Satélite e do Centro, foram feitos respectivamente nos dias 5 e 17 março. O período de eclosão dos ovos ocorre entre 60 e 90 dias.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

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