13/06/2024
O Instituto Biopesca foi apresentado como exemplo positivo de ações no enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), conhecida popularmente como gripe aviária, para uma missão da Etiópia que está no Brasil para conhecer o trabalho de saúde única do governo do estado de São Paulo.
A instituição foi escolhida para apresentar seu trabalho porque mantém um plano de ação da IAAP no âmbito de execução do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que vem comprovando resultados eficazes no diagnóstico da doença em aves marinhas. A adoção dessas ações atende princípios de saúde única, que propõem uma abordagem integrada de cuidados entre a saúde humana, animal e ambiental.
O plano de ação da IAAP executado pelo Instituto Biopesca se aplica às aves e aos mamíferos marinhos debilitados que encalham na faixa de areia. Eles são avaliados para verificar a presença de sinais de gripe aviária. Suas condições clínicas são discutidas por um grupo formado por diversos especialistas, entre eles profissionais da Mineral Engenharia e Meio Ambiente (responsável técnica pela execução do PMP-BS), Secretarias Estaduais de Saúde, de Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Serviço Veterinário Oficial (SVO). O fluxo de trabalho é embasado em decretos estaduais e federais, que estabelecem esses protocolos de atendimento.
De acordo com o diagnóstico, o animal pode ser eutanasiado (caso os sinais evidenciem que o animal está infectado) ou encaminhado para uma unidade de isolamento, onde ficam em quarentena e são realizados exames laboratoriais. Depois desse período, ele é levado para a sede do Instituto Biopesca, onde continua o tratamento.
Esse plano começou a ser adotado em junho do ano passado. “A gripe aviária é uma zoonose e nossa atenção se voltou aos cuidados necessários para que não fosse transmitida para outras aves ou mamíferos e nem para seres humanos”, explicou a médica veterinária Vanessa Ribeiro. “Avaliar as aves debilitadas quando encalham na praia é uma forma de barrar a transmissão da doença”, enfatizou a médica veterinária Claudia Nascimento, coordenadora de atendimento veterinário do PMP-BS área SP da Mineral Engenharia e Meio Ambiente.
A delegação visitou o Biopesca no último 10 de junho e era formada por participantes do Ministério da Irrigação e Terras Baixas da Etiópia, da equipe técnica do Projeto de Resiliência de Meios de Subsistência nas Terras Baixas (LLRP II) daquele país e por especialistas em agricultura do Banco Mundial em Adis Abeba e em Washington. Também formavam a delegação profissionais das Secretarias Estaduais de Agricultura e Abastecimento (SAA), de Meio Ambiente, de Saúde, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e da Defesa Agropecuária, órgãos da SAA.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial). Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.