Biopesca


Instituto Biopesca presente no 20° Colacmar

20/08/2024
Quatro trabalhos científicos do Instituto Biopesca foram apresentados durante a 20ª edição do Congresso Latino-Americano de Ciências do Mar (Colacmar), realizado entre os dias 13 e 18 de agosto em Itajaí (SC). O objetivo da organização foi compartilhar o conhecimento científico voltado à proteção de animais marinhos com a comunidade acadêmica, profissionais, pesquisadores, representantes de organizações não-governamentais e de instituições públicas e privadas presentes ao evento.

Com o título “Encalhes de tetrápodes marinhos no litoral centro-sul de São Paulo (2015 a 2023)”, um dos trabalhos mostrou que, ao longo de oito anos de monitoramento de praias, foram registrados encalhes de espécies residentes e migratórias de golfinhos, baleias, lobos-marinhos, aves e tartarugas marinhas. O trabalho concluiu que o monitoramento sistemático de praias a longo prazo é uma importante ferramenta para o acompanhamento e entendimento dos tetrápodes marinhos, permitindo avaliar as flutuações dessas populações e os impactos no ambiente marinho, não somente sob a plataforma continental, mas também em águas oceânicas.

Já um segundo trabalho, intitulado “Resíduos sólidos antropogênicos em conteúdo estomacal de aves marinhas encalhadas no litoral de São Paulo (2016-2024)”, apresentou a ameaça da poluição plástica à vida marinha. O estudo avaliou a presença de resíduos sólidos antropogênicos macroscópicos no trato gastrointestinal de aves marinhas que encalharam no litoral centro-sul de São Paulo entre março de 2016 e março de 2024. A conclusão demonstrou que 23,76% tinham ingerido resíduos sólidos, com maior incidência entre aquelas de habitat costeiro e oceânico, a exemplo de atobás-marrons (Sula leucogaster) e de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus).

Os outros dois trabalhos situaram a atuação do Instituto Biopesca no âmbito de ações de Educação Ambiental. Um deles relatou o trabalho realizado entre 2016 e 2023 no Espaço Oceano, uma sala de educação ambiental situada em Praia Grande, e em atividades pontuais realizadas em escolas e em espaços não-formais de educação. Por meio dessas atividades, cerca de 20 mil pessoas foram sensibilizadas para a importância da proteção do ecossistema marinho entre 2016 e 2023.

Já o outro apresentou os resultados de um curso de formação continuada para 90 educadores da rede pública de ensino, chamado “O Oceano que queremos na escola”. Esse curso foi elaborado a fim de colaborar com a discussão da Cultura Oceânica no ambiente escolar.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial). Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.             

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