10/09/2020
Em uma mesma semana, o Instituto Biopesca recebeu dois pacientes ilustres: uma pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) e um pardelão-prateado (Fulmarus glacialoides), aves oceânicas que vivem em mares frios ou gelados, nidificam em ilhas distantes e podem aparecer na costa do Brasil durante o inverno.
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Uma característica bem legal desse grupo de aves, o Procellariformes (o mesmo dos albatrozes, aliás) são as narinas em forma de tubos situados na parte superior do bico, que é normalmente longo e encurvado na ponta. Essa característica permite-lhes expulsar do corpo o sal que é ingerido com a água do mar.
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O status de conservação da pardela-preta é vulnerável e a principal ameaça é a captura por barcos pesqueiros que operam em alto-mar, mesmo perigo a que estão expostos seus parentes, os albatrozes.
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O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
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Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos.
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O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.
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Imagens: Vanessa Ribeiro / Instituto Biopesca