Biopesca


Tartaruga é encontrada com corda presa na boca

02/07/2019

Em menos de uma semana, o Instituto Biopesca registrou dois animais marinhos com objetos presos em seus corpos. O último caso desse tipo de interação causada pelas ações humanas ocorreu no dia 18 de junho, quando uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) foi encontrada em praia de Mongaguá (SP) com uma corda presa na boca por um fio grosso que se estendia até seu trato gastrointestinal.

“Esse impacto causou a morte da tartaruga, já que a impediu de se alimentar. Além disso, como não conseguia mergulhar, ficou exposta a sanguessugas, entre outros problemas”, explica a médica veterinária Isabella Boaventura, do Biopesca. Já no dia 12 deste mês, a organização resgatou uma gaivota (Larus dominicanus) em Peruíbe (SP) com petrecho de pesca enroscado em sua pata esquerda, já praticamente decepada pelo objeto.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

A tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) é a segunda espécie de tartaruga mais recolhida pelo Instituto Biopesca

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