15/09/2024
Tornar acessíveis à consulta pública toda a informação sobre as amostras biológicas de albatrozes e petréis coletadas, tombadas em um Banco Público e disponibilizadas pelos seus usuários. Esse é um dos objetivos do Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP), iniciativa que foi apresentada à equipe do Instituto Biopesca pela consultora técnica do Projeto Albatroz, Alice Pereira.
O BAAP reúne, em diferentes meios de preservação, tecido, sangue, peles taxidermizadas e órgãos, entre outros tipos de amostras biológicas de albatrozes e petréis, aves da ordem dos Procellariiformes. “Existem amostras que ficam depositadas na sede do banco, em Florianópolis (SC) e outras em que o parceiro do BAAP nos envia apenas as informações sobre ela, mas não a amostra em si, mantendo-a guardada em seu próprio acervo”, explica Alice.
“Essa informação, apesar de não estar fisicamente no BAAP, é catalogada como qualquer outra e listada no site para a busca por pesquisadores. Dessa forma, a logística é facilitada, como é o caso de algumas amostras que não são viáveis de serem transportadas, então melhor que permaneçam com seu coletor”. O BAAP já reúne 12.900 amostras biológicas de 5000 espécimes.
De acordo com Alice, a proposta é de que seja um banco público, administrado pela parceria do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – CEMAVE/ICMBio e do Projeto Albatroz, uma organização não governamental, c om a ajuda de todos aqueles que quiserem doar ou receber amostras biológicas de albatrozes e petréis, tornando-se assim parceiros do banco.
“O que acontece é que muitas vezes o pesquisador deseja desenvolver uma determina pesquisa e não consegue saber ao certo se já existem as amostras que ele precisa e em qual quantidade. Precisa então falar com diversas instituições espalhadas pelo país, o que dificulta a realização do projeto, já que o pesquisador costuma não ter verba para saídas de coleta ou tempo para esses campos”, explica Alice.
Entre os resultados da iniciativa, estão as pesquisas que já foram desenvolvidas e os trabalhos já publicados até agora. O BAAP já colaborou em 3 publicações em periódicos científicos, duas dissertações de mestrado, 1 monografia, 2 relatórios técnicos, 2 teses de doutorado, além das apresentações em congressos e artigos submetidos. “Colaborou tanto nacionalmente, como internacionalmente em pesquisas com a Argentina e com a Austrália”, conta Alice.