Biopesca


Julho e agosto registram ocorrências de cinco lobos-marinhos

07/08/2024

Em pouco mais de 20 dias, cinco lobos-marinhos-subantárticos (Arctocephalus tropicalis) apareceram nas praias de Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe, uma ocorrência inédita para o Instituto Biopesca no âmbito de execução do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, realizado desde 2015.

A equipe da organização foi avisada da presença do primeiro indivíduo em 14 de julho na praia de Mongaguá. Ele estava em boas condições clínicas, indicando que havia feito uma parada para descansar, comportamento típico dessa espécie. Os lobos-marinhos-subantárticos distribuem-se em ilhas oceânicas da região subantártica e, na primavera e no inverno, deslocam-se para outras áreas a fim de se alimentar, nadando milhares de quilômetros. 

O lobo-marinho que apareceu em Mongaguá voltou para o mar algumas horas depois e, durante o período que descansou, foi monitorado em tempo integral pela equipe. Ele reapareceu mais três vezes em diferentes pontos da praia de Praia Grande, retornando para a água em todas essas ocasiões depois de descansar. 

No dia 19, ele tornou a aparecer, dessa vez aparentando estar mais debilitado. A equipe veterinária do Instituto Biopesca administrou soro e medicamentos ainda na praia e, naquele mesmo dia, o lobo-marinho foi levado para tratamento no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos no Instituto Gremar, no Guarujá. Após algumas semanas de tratamento, se recuperou completamente e voltou para o mar no dia 7 de agosto. Sua soltura ocorreu no Parque Estadual Marinho Laje de Santos.

No dia 15 de julho, o segundo lobo-marinho-subantártico apareceu em Mongaguá e voltou para o mar após algumas horas. Já o terceiro foi encontrado no dia 17 também em Mongaguá e, embora ainda estivesse vivo, não sobreviveu em decorrência do grave estado de debilidade. 

Em agosto, houveram outras duas ocorrências: uma em Peruíbe, no dia 3, com o retorno do lobo-marinho para o mar em poucas horas, e outra no dia 5. Esse último também apareceu em Mongaguá. A equipe verificou que o animal estava magro, debilitado e com uma lesão em uma das nadadeiras, encaminhando-o para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do Instituto Gremar.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

Lobo-marinho em Peruíbe
Lobo-marinho em Mongaguá

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