Biopesca


Atobá-marrom segue para reabilitação

18/05/2024

De forma geral, o encalhe nas praias de animais marinhos, como tartarugas e aves, ocorre porque eles estão debilitados por algum motivo. As causas podem ser várias, desde uma doença até o impacto das ações humanas, como ingestão de resíduos sólidos. Não foi diferente com um atobá-marrom fêmea resgatado pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

A ave foi encontrada no dia 4 de maio na praia de Mongaguá. “Quando ingressou para tratamento na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos do Instituto Biopesca, em Praia Grande, foi constatado que ela tinha uma infecção e também estava abaixo do peso médio da espécie”, conta a médica veterinária Isabella Boaventura, do Instituto Biopesca.

Depois de reagir bem aos cuidados e ser estabilizado, o atobá seguiu no dia 9 de maio para o Centro de Despetrolização e Reabilitação de Animais Marinhos do Instituto Gremar, no Guarujá.

Desde que começou a executar o PMP-BS, em agosto de 2015, o Instituto Biopesca já encontrou 3.785 aves encalhadas nas praias de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe, trecho do litoral de São Paulo monitorado diariamente pela instituição. Desse total, 425 eram atobás-marrom.

O atobá é uma ave marinha, encontrada nos mares tropical e subtropical, inclusive nas costas e águas brasileiras. Essa espécie surpreende pela sua habilidade de mergulhar. Ao avistar um peixe mesmo que esteja em grandes alturas, ele desce em uma reta quase vertical em direção ao alvo, com as asas levemente abertas. Só quando mergulha, elas se unem.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.   

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