10/08/2024
Entre julho e a primeira semana de agosto, um total de 14 animais marinhos foram resgatados e estabilizados pela equipe do Instituto Biopesca. Desse grupo, destacam-se as aves migratórias, que fazem longas viagens migratórias durante o inverno, a exemplo de um petrel-gigante (Macronectes giganteus).
Esse foi o primeiro resgate dessa espécie de ave ainda viva pelo Instituto Biopesca desde 2015, quando a organização se tornou uma das executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
O petrel-gigante foi resgatado no dia 15 de julho em Itanhaém e encaminhado para estabilização. Estava com o peso abaixo da média e debilitado e, depois dos cuidados que recebeu, apresentou melhora clínica, seguindo para a reabilitação. Essa espécie nidifica em ilhas de alguns arquipélagos austrais, como as Ilhas Geórgia do Sul, e vive nas águas frias do Hemisfério Sul. É encontrado em toda a região circumpolar antártica e, durante o inverno, viaja para a costa brasileira. Seu nome popular decorre de sua envergadura, que pode alcançar entre 2,1 e 2,4 metros entre os machos.
Mais três aves da mesma ordem do petrel (Procellariiformes) também foram encaminhadas para reabilitação depois de estabilizadas: dois bobos-grandes-de-sobre-branco (Puffinus gravis) e uma pardela do gênero Pterodroma.
Além delas, cinco pinguins-de-Magalhães receberam cuidados e foram estabilizados após o resgate. Assim como os Procellariiformes, essa espécie de ave faz uma longa viagem migratória no inverno, partindo dos locais onde nidificam na costa da Argentina, do Chile e das Ilhas Malvinas, e chegando ao litoral do Brasil.
Ao encalharem nas praias, essas aves estão geralmente exaustas e debilitadas em decorrência da migração.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelo telefone 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.
Foto: Vanessa Ribeiro – Instituto Biopesca
