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Newsletter Instituto Biopesca - Edição nº 35 - Julho / 2022

Uma tartaruga-verde (Chelonia mydas), um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) e uma gaivota (Larus dominicanus) resgatados debilitados em praias do litoral centro-sul de São Paulo se recuperaram graças os primeiros cuidados veterinários ministrados pela equipe do Instituto Biopesca. Esses três animais marinhos se reúnem ao grupo daqueles que também já ganharam uma segunda chance depois de estabilizados pelos profissionais da instituição. A estabilização é uma etapa determinante para a completa reabilitação de animais muito debilitados, já que, quando bem executada, reduz o risco de mortalidade dos indivíduos logo nas primeiras 24 horas.

O encaminhamento de animais estabilizados para reabilitação não é a única boa notícia desta edição do “Em Dia com o Biopesca”. Outra novidade é o início do “Programa de Formação de Professores – O Oceano que queremos na escola” para docentes da rede pública de ensino de Praia Grande, elaborado pelo Instituto Biopesca a fim de aprimorar a preparação desses profissionais na área de Educação Ambiental.

Leia estas e outras notícias nesta edição.
Boa leitura.

Instituto Biopesca cria Programa de
Formação de Professores

Em agosto, professores da rede municipal de Praia Grande terão à sua disposição o Programa de Formação Docente – “O Oceano que queremos na escola”, um curso elaborado pelo Instituto Biopesca a fim de promover a formação continuada de educadores na área de Educação Ambiental e contextualizada na Década do Oceano e na Cultura Oceânica. A iniciativa tem o apoio da Prefeitura Municipal de Praia Grande, por meio do Departamento de Educação Ambiental/Secretaria Municipal de Educação (Seduc).

As vagas serão destinadas a professores do Ensino Fundamental II da rede pública de ensino de Praia Grande. O curso começará em 22 de agosto, com término em 14 de outubro, e explorará os sete resultados descritos no Plano de Implementação da Década do Oceano, partindo de questões relacionadas à Baixada Santista. Entre esses resultados, estão um oceano saudável e resiliente, no qual os ecossistemas marinhos sejam compreendidos, mapeados, protegidos, recuperados e devidamente geridos; e um oceano inspirador e envolvente, que possa ser compreendido pela sociedade e valorizado pela sua relação com o bem-estar humano e o desenvolvimento sustentável. 

A Década do Oceano, por sua vez, foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e diz respeito ao período entre 2021 e 2030 a fim de contribuir com o desenvolvimento da Cultura Oceânica e dos compromissos da Agenda 2030. Essa última é um plano global, lançado em 2015, com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre eles o ODS 14 – Vida na água, que tem por objetivo utilizar de forma sustentável o oceano e todos os recursos marinhos.  A Cultura Oceânica é um termo que se refere ao acesso ao conhecimento sobre o Oceano e a relação de suas influências na humanidade e em toda a vida na Terra.

Visita técnica para atualização do Programa Município Verde Azul

No dia 22 de julho, o Instituto Biopesca recebeu a visita técnica de profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Praia Grande para fins de atualização do relatório anual do Programa Munícipio Verde Azul. Essa é uma iniciativa do governo do Estado de São Paulo que avalia a eficiência da gestão ambiental das cidades paulistas e Praia Grande é um dos municípios que faz parte dela. Um dos itens que credencia a cidade a fazer parte do Programa é manter uma instalação modelo de sustentabilidade e, em Praia Grande, a sede do Instituto Biopesca é estabelecida com esse título já há dois anos.

Esse reconhecimento ocorre porque as instalações do Instituto Biopesca apresentam itens sustentáveis, a exemplo de cisternas para reuso de água, coletores de resíduos e telhas feitas com material ecológicos, janelas amplas, paredes claras e ventilação.  “Queremos incentivar as pessoas a adotarem iniciativas sustentáveis em sua casa ao apresentar esses recursos presentes no Instituto Biopesca”, comenta Mariane Laurentino, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Praia Grande

Instituto Biopesca em websérie sobre
conservação da toninha

As atividades e a história do Instituto Biopesca, bem como seu trabalho em favor da proteção da toninha, são contadas no episódio “Conservação da toninha na baixada santista”. Esse vídeo integra a websérie sobre o “Projeto Conservação da Toninha”, que  apresenta o trabalho realizado em favor de proteção dessa espécie de golfinho no litoral do Brasil.

O Projeto é coordenado pela Associação Mar Brasil e pelo Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (LEC/UFPR), com o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e de uma equipe formada por 10 instituições, o Instituto Biopesca entre elas.  A realização do Projeto Conservação da Toninha é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa Petrorio, conduzido pelo Ministério Público Federal  (MPF/RJ).

A toninha é o golfinho mais ameaçado de extinção do Brasil, principalmente pela captura acidental pela pesca. 

O episódio “Conservação a toninha na baixada santista” está disponível aqui

Animais encaminhados para reabilitação

Um tartaruga-verde (Chelonia mydas), uma gaivota (Larus dominicanus) e um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) foram encaminhados para reabilitação em julho depois de estabilizados pela equipe do Instituto Biopesca. Os animais foram encontrados debilitados nas praias dos municípios do litoral centro-sul de São Paulo (Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) monitorados pelo Biopesca, as quais são percorridas diariamente pela equipe da instituição que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)

Novo episódio do Youtube no ar

Os problemas ambientais que vêm assolando nosso Planeta, a exemplo das mudanças climáticas, impactam diretamente o meio em que nós e outros seres vivos habitam, os oceanos e, consequentemente, os recursos pesqueiros. Neste novo vídeo do nosso canal do Youtube, entenda melhor toda essa relação.

youtube.com/institutobiopescacanal

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse
www.comunicabaciadesantos.com.br.

O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.


Expediente:

A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Instituto Biopesca.

Fotos: Sophia Romano/Divulgação - Instituto Biopesca

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