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Newsletter Instituto Biopesca - Edição nº 33 - abril / 2022

Abril terminou com uma boa notícia. Quatro animais estabilizados pela equipe do Instituto Biopesca – uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) e três aves, entre elas um pinguim (Spheniscus magellanicus) - foram encaminhados para reabilitação depois de receberem tratamento intensivo. Todos foram encontrados muito debilitados em praias do litoral centro-sul de São Paulo e, agora, têm uma segunda chance de voltar à natureza.

Além das atividades realizadas na área de cuidados veterinários e monitoramento de praias, o Instituto Biopesca também realiza ações de Educação Ambiental, sempre com a motivação de levar informações que sensibilizem para a importância da conservação ambiental. Mais uma dessas ações ocorreu agora em abril, desta vez em Itanhaém durante as festividades de celebração dos 490 anos do município.

Acompanhe estas e outras notícias nesta edição.
Boa leitura.

IBP participa de evento de aniversário de Itanhaém

Itanhaém, o segundo município mais antigo do Brasil, celebrou 490 anos em 22 de abril e, para comemorar o aniversário, diversas atividades foram realizadas no decorrer do mês. Uma delas, no dia 16, teve a participação do Instituto Biopesca, convidado pela Prefeitura Municipal para participar das festividades.

O evento marcou a inauguração da “Estação Praia de Esportes”, localizada no número 651 da avenida Mario Covas Junior, no bairro Cibratel II. A equipe de Educação Ambiental do Instituto Biopesca montou a exposição da entidade, com banners informativos e material biológico, e recebeu a população local, bem como turistas presentes no local. O objetivo foi sensibilizar os visitantes a respeito da importância da conservação do ambiente marinho e como os impactos antrópicos nos mares e oceanos interferem na vida cotidiana dos seres humanos. 

Três aves e uma tartaruga são estabilizadas

Um biguá (Phalacrocorax brasilianus), um pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), uma gaivota (Larus dominicanus) e uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) resgatados pela equipe do Instituto Biopesca foram encaminhados para reabilitação em abril. 

Os animais estavam muito debilitados e, depois de receberem tratamento intensivo, foram estabilizados e encaminhados para outra instituição para posterior soltura no ambiente. 

O biguá foi resgatado pela equipe do Instituto Biopesca depois do acionamento de populares, que o avistaram encalhado em Praia Grande na manhã do dia 5 de abril. Os exames iniciais indicaram que, possivelmente, estava com infecção bacteriana. Recebeu cuidados apropriados, entre eles antibióticos, e os exames feitos depois do tratamento indicaram que suas condições clínicas mantinham-se estáveis. Ele estava se alimentando voluntariamente, mantinha-se em pé e também voava e se empoleirava no recinto, importantes indicadores de melhora.

O pinguim também progrediu muito bem graças aos cuidados recebidos. Ele foi encontrado encalhado em praia de Itanhaém no dia 22 de março e estava abaixo do peso e debilitado. Quando ingressou para receber o tratamento veterinário, não comia voluntariamente e foi alimentado por sonda. No decorrer do tratamento, passou a se alimentar sozinho, inclusive conseguindo mergulhar para buscar os peixes no fundo da piscina. Ele aumentou sua massa corporal, o que significa que ganhou peso, além de conseguir manter-se impermeabilizado e em estação (de pé), que também são bons indicadores de saúde.

Já a gaivota e a tartaruga também recebiam cuidados desde março. A gaivota juvenil, encontrada no dia 20 em Peruíbe, apresentava sinais de parasitose intestinal e estava muito abaixo do peso. Graças aos tratamento, passou a se alimentar bem e recuperou suas habilidades de voo. 

Já a tartaruga foi resgatada em Itanhaém no dia 26. Ela tem fibropapilomatose, uma doença caracterizada pela presença de múltiplos tumores de pele, que podem também afetar os órgãos internos. Embora sejam tumores de natureza benigna, podem prejudicar o deslocamento e alimentação dos animais, causando debilidade e, consequentemente, a morte. 

Baleia é avistada em Praia Grande

Uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), provavelmente juvenil, foi avistada pela equipe do Instituto Biopesca em 5 de abril na praia do bairro Vila Mirim, em Praia Grande. Essa ocorrência se soma a outras registradas naquele mês em praias do litoral paulista, indicando a presença desses animais um pouco antes do período em que costumam chegar ao Brasil para se reproduzirem. Essa espécie migra das gélidas águas antárticas no inverno para se reproduzir em águas mais quentes, no nordeste do País. 

A equipe foi acionada pelo pescador Raimundo Oliveira, parceiro da instituição, que avistou a baleia no início da tarde na praia do bairro Ocian, em Praia Grande, próximo ao local em que sua presença foi registrada pelos profissionais do Instituto Biopesca

Agradecemos o apoio dos bombeiros marítimos, do Grupamento Ambiental e do Grupamento Costeiro da Guarda Civil Municipal de Praia Grande e da Polícia Militar Ambiental, presentes na ocorrência, e também aos pescadores locais, que se mobilizaram para a retirada das redes de pesca montadas na área.

Novo episódio do Youtube no ar

Abril marcou a estreia de um episódio especial no canal do Instituto Biopesca no Youtube. Intitulado “Sustentabilidade à mesa”, o vídeo discute a oportunidade que se apresenta com a Páscoa para que o consumo de peixes possa ser consciente.  Muitas espécies de peixes costumeiramente comprados neste período estão em situação de sobrepesca. Ao substituí-las, é possível colaborar com a manutenção de sua população. Há opções que podem ser adotadas, como a sororoca ou a cavala. 

youtube.com/institutobiopescacanal

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse
www.comunicabaciadesantos.com.br.

O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.


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A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Instituto Biopesca.

Fotos: Sophia Romano/Divulgação - Instituto Biopesca

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