Newsletter Instituto Biopesca - Edição 14 - setembro / 2020
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EDITORIAL: No Instituto Biopesca, setembro foi mais um mês de atendimento às recomendações dos órgãos de saúde para que a covid-19 não se dissemine. A adoção de medidas para evitar o contágio do vírus, entre elas o distanciamento e o isolamento social, não impediu a continuidade das atividades e, para muitas delas, a tecnologia foi uma aliada e tanto.
Um exemplo foram as reuniões on-line, entre elas as realizadas para discutir a participação do Instituto Biopesca na edição do Programa Itaú Social UNICEF, importante iniciativa para fomentar o trabalho de educação de diferentes instituições.
Já a execução do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) não foi suspensa em nenhum momento e prossegue de acordo com todas as orientações de prevenção à covid-19. Assim, esse trabalho continua colaborando com a conservação de espécies de animais marinhos, entre eles aves oceânicas que vêm de longe e, muitas vezes debilitadas pelo longo percurso, encalham nas praias do litoral de São Paulo. Um exemplo é pardelão-prateado (Fulmarus glacialoides) atendido neste mês pela organização. Essa foi a primeira vez que o Instituto Biopesca cuidou de uma ave dessa espécie desde que começou a executar o PMP-BS, em 2015.
Boa leitura.
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Ações de Educação Ambiental
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O Instituto Biopesca está participando do Programa Itaú Social UNICEF para ampliar suas ações de educação ambiental e, assim, intensificar a sensibilização das pessoas para a importância da conservação do meio ambiente e das questões socioambientais. A equipe já está planejando uma série de atividades que integram a formação do Programa e, para discuti-las, reuniões on-line (foto) estão sendo realizadas periodicamente.
A formação ocorre em dois momentos. O primeiro deles é o percurso formativo on-line com ações reflexivas e práticas pelas organizações da sociedade civil (OSCs) que participam da iniciativa. O objetivo do programa é realizar formação e fomento financeiro das OSCs que promovem educação integral e inclusiva de crianças e adolescentes para o aprimoramento de suas práticas e o alcance de resultados de qualidade.
O Prêmio Itaú Social UNICEF é uma parceria entre o Itaú Social, a UNICEF e o CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) Educação. Foi criado em 1995, em um período marcado pela então recente promulgação da Constituição Federal Brasileira, em 1988, e do estabelecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, quando os direitos sociais tinham sua evidência reforçada. Desde então, vem dando visibilidade a diversas iniciativas.
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No dia 16 de setembro, uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) que passou por tratamento na instituição foi notícia no telejornal Bom Dia São Paulo e também no portal Santos e Região do G1. O animal, que chamou a atenção pelo grande tamanho, foi resgatado em Itanhaém (SP) depois da equipe do Instituto Biopesca ter sido acionada por um popular. A tartaruga estava muito debilitada, com vários organismos aderidos ao seu corpo, como as lepas e parasitada por sanguessugas que, depois de retiradas, somaram quase cinco quilos. Após receber tratamento apropriado, ela foi encaminhada para reabilitação. Desde 2015, quando começou a executar o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), a organização só encontrou quatro delas vivas durante o monitoramento do trecho do litoral de São Paulo sob sua responsabilidade.
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Em uma mesma semana, o Instituto Biopesca recebeu dois pacientes ilustres: uma pardela-preta (Procellaria aequinoctialis) e um pardelão-prateado (Fulmarus glacialoides), aves oceânicas que vivem em mares frios ou gelados, nidificam em ilhas distantes e podem aparecer na costa do Brasil durante o inverno.
As aves foram resgatadas durante a execução do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) em Itanhaém (SP), município que é percorrido diariamente pela equipe da instituição, assim como Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe. Esse foi o primeiro registro de resgate de um pardelão-prateado pelo Biopesca desde que a organização começou a monitorar as praias, em 2015. O resgate de pardelas-pretas ainda vivas também é raro: apenas seis foram encontradas vivas, de um total de 39 casos.
O status de conservação da pardela-preta é vulnerável e a principal ameaça é a captura por barcos pesqueiros que operam em alto-mar, mesmo perigo a que estão expostos seus parentes, os albatrozes.
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Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)
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O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.
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O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.
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Expediente:
A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Instituto Biopesca.
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