Newsletter Instituto Biopesca - Edição 09 - Abril / 2020
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EDITORIAL: Nesses tempos de covid-19, todos tiveram que se ajustar a uma nova rotina a fim de evitar a disseminação da doença, que vem fazendo milhares de vítimas no mundo todo. O Instituto Biopesca também adotou uma série de medidas para proteger sua equipe e também outras pessoas. Saiba quais foram algumas dessas iniciativas e veja também o caso de alguns animais marinhos que estão recebendo cuidados na sede da instituição e de outros que foram soltos depois de reabilitados.
Boa leitura!
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Tartaruga volta à natureza depois de tratamento
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Uma tartaruga-verde (Chelonia mydas) foi liberada pelo Instituto Biopesca após recuperar-se de um afogamento. Ela foi capturada acidentalmente pelo pescador Leonardo Ramos, o Sapo, de Mongaguá (SP), e recebeu cuidados veterinários na sede da instituição. O pescador acionou a equipe do Biopesca para fazer o resgate do animal, que passou por tratamento para cuidar do afogamento e também para combater uma infecção já existente. Depois de pouco mais de um mês em recuperação, ela foi solta em Mongaguá.
A equipe fez o enriquecimento ambiental do tanque onde a tartaruga foi mantida enquanto estava em reabilitação. Esse é um recurso muito utilizado para criar um ambiente mais complexo com o objetivo de simular situações que ocorreriam na natureza para animais que estão sob cuidados veterinários e, assim, fazer com que melhorem seu quadro clínico enquanto não voltam para seu habitat. Nesse caso, a equipe do Instituto Biopesca colocou manjubas dentro do cano para estimular a tartaruga a buscá-las.
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IB mantém atividades durante quarentena
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O Instituto Biopesca está seguindo à risca as recomendações dos órgãos de saúde para proteger sua equipe do COVID-19 e também para evitar a propagação do contágio da doença. Em conjunto com a coordenação do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e a Petrobras, foram adotadas várias medidas estabelecidas em um plano de contingência. Por exemplo, durante a rotina diária do monitoramento de praias do litoral central e sul, a equipe da organização que executa o PMP-BS higieniza as mãos constantemente, além de limpar os equipamentos necessários ao trabalho e manter as janelas dos veículos abertas para garantir a ventilação. ⠀
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Medidas para quem trabalha internamente na sede da instituição também foram adotadas, a exemplo de escala de trabalho, uso de máscaras, realizações de reuniões on-line e home office de acordo com as funções desempenhadas. A limpeza das áreas comuns também é realizada continuamente, não só do chão, mas também de superfícies e objetos de uso comum, como mesas, maçanetas de portas e garrafas de café.
Já a equipe que se reveza no atendimento dos animais, além de manter o uso dos equipamentos de proteção obrigatórios (EPIs), também redobra os cuidados e limita o número de pessoas no ambiente. Outra medida estabelece recomendações diárias e lembretes importantes relacionados à prevenção do contágio feitas no grupo interno do Instituto Biopesca no WhatsApp. Mais uma iniciativa de comunicação é a campanha realizada pelo Biopesca em suas mídias sociais, reforçando, principalmente, a recomendação para as pessoas ficarem em casa e só saírem para cumprirem tarefas essenciais.
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Animais continuam recebendo cuidados⠀⠀
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Os animais marinhos em tratamento no Instituto Biopesca continuam sendo atendidos durante a quarentena e, para fazer esse trabalho, a equipe responsável adota todas as medidas necessárias para conter a disseminação do covid-19, como manter o uso dos equipamentos de proteção obrigatórios (EPIs) e limitar o número de pessoas no ambiente.
Dessa forma, o trabalho dá continuidade à recuperação dos animais para garantir suas condições clínicas e bem-estar. Um exemplo é o tratamento de uma gaivota (Larus dominicanus). Ela já está recuperando sua capacidade de voo e alimentando-se voluntariamente, condições que não apresentava quando chegou. Nessa ocasião, a ave tinha sintomas de intoxicação alimentar, sem conseguir manter-se em pé (em estação), entre outros sintomas . Ela foi resgatada em praia de Mongaguá (SP) pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Ela voltou ao seu ambiente natural no dia 21 de abril.
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O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.
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O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.
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Expediente:
A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Vanessa Ribeiro /Instituto Biopesca
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