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Newsletter Instituto Biopesca - Edição 07 - Fevereiro / 2020
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EDITORIAL: Esta edição do boletim eletrônico do Instituto Biopesca destaca a soltura de duas aves que passaram por tratamento veterinário na sede da instituição. É gratificante dar essas notícias principalmente diante do impacto das atividades humanas nos animais marinhos, constatados diariamente pelo Instituto Biopesca e que, infelizmente, muitas vezes faz deles suas maiores vítimas.
A soltura como resultado do trabalho do Biopesca é, claro, muito positiva, mas a tarefa da organização em favor da conservação marinha não se restringe a isso. Ações de educação ambiental, como as noticiadas nesta edição, são fundamentais para sensibilizar o público, a fim de que compreendam que as atitudes de todos nós podem proteger esses animais.
Boa leitura!
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Foto: Rodrigo Valle / Vídeo: Maria Carolina Ramos / Instituto Biopesca
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Garça é solta depois de reabilitada
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Uma garça (Bubulcus ibis) voltou à natureza no dia 7 de fevereiro depois de ser reabilitada pela equipe do Instituto Biopesca. Ela chegou à sede da organização magra, debilitada e com uma infecção, problemas sanados em aproximadamente 15 dias com tratamento veterinário adequado. Depois de anilhada, procedimento realizado em parceria com a Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais, a ave foi solta em Mongaguá, perto do local onde foi resgatada.
“O desenvolvimento urbano, sem um planejamento para manutenção e melhoria da qualidade ambiental e ainda aliado aos diversos impactos causados por ações antrópicas, tem causado inúmeros prejuízos ao meio ambiente, como danos à saúde da fauna. Esse contexto pode explicar a má condição clínica da garça reabilitada pela nossa equipe”, explica o médico veterinário Rodrigo Valle, coordenador geral do Biopesca.
“A fauna impactada dessa forma fica debilitada e acaba morrendo se não for resgatada e tratada a tempo. Alguns problemas relacionados a essa situação são perda de habitat, diminuição na disponibilidade de alimentos ou maior dificuldade na obtenção dos mesmos e contato com agentes tóxicos e resíduos sólidos, que causam impacto na saúde levando, por exemplo, à desnutrição e diminuição da imunidade”.
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Foto: Divulgação/Fundação CASA
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Educação ambiental para crianças e jovens
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Um total de 57 jovens e crianças participaram de duas ações realizadas pela equipe de Educação Ambiental. A primeira atividade ocorreu no Jardim Botânico, quando um grupo de 24 crianças esteve no Jardim Botânico em Santos (SP) para aprender sobre as características dos animais que vivem em mares da região. O evento integrou a programação de férias do Jardim Botânico e as crianças fazem parte do abrigo Arco-Íris de São Vicente e do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Santos.
Já a segunda ação foi voltada a 33 jovens da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), em Praia Grande (SP). Eles assistiram palestra a respeito de percepção ambiental, com a proposta de sensibilizá-los para compreender o ambiente urbano como integrado à natureza e não separado dela, já que os efeitos do que ocorre nos dois, causados por ações humanas ou não, são sentidos por todos.
O trabalho de Educação Ambiental do Biopesca não para aí: de quinta-feira a domingo, das 9h às 13, os monitores estão no espaço dedicado a esse objetivo e que fica na Boutique dos Peixes, no Canto do Forte, em Praia Grande. Cerca de 15 mil pessoas já passaram por lá, entre moradores da região e turistas, principalmente crianças.
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Aniversário de Praia Grande
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O Instituto Biopesca comemorou o aniversário de Praia Grande ao participar de evento que celebrou os 53 anos da cidade, realizado na praia do Canto do Forte em 19 de janeiro. A equipe montou a exposição do Biopesca, com banners informativos e material biológico, realizou diversas atividades lúdicas, entre elas uma gincana ecológica, e conversou com os banhistas que foram conhecer o trabalho da instituição a fim de sensibilizá-los para a importância da conservação marinha. A equipe também esteve presente em outra ação, dessa vez realizada na véspera, também no Canto do Forte, e promovida pelo Projeto Verão no Clima, uma iniciativa do governo estadual para sensibilizar as pessoas sobre o descarte correto de resíduos sólidos, entre outras questões. Além de participar da ação, o Instituto Biopesca também foi uma das instituições responsáveis pela capacitação dos monitores do Projeto.
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Um atobá (Sula leucogaster) voltou à natureza depois de receber cuidados na Unidade de Estabilização do Instituto Biopesca. A soltura ocorreu no dia 5 de fevereiro na praia do Tombo, no Guarujá (SP). A ave foi resgatada pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) em Mongaguá (SP) e estava debilitada, com peso abaixo dos parâmetros da espécie e lesões nas patas, além de apresentar a respiração ruidosa. Também não conseguia realizar a impermeabilização das suas penas, condição das aves que vivem no mar, a exemplo dessa espécie.
Depois de pouco mais de uma semana em tratamento, o atobá já estava apto para encaminhamento ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, localizado no Guarujá. A ave já havia recuperado peso e se alimentava voluntariamente, além de apresentar outras condições clínicas positivas.
O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de golfinhos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br .
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O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.
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Expediente:
A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883
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