Newsletter Instituto Biopesca - Edição 04 - Novembro / 2019
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EDITORIAL: Esta edição do boletim eletrônico “Em dia com o Biopesca” destaca o anilhamento de duas aves em reabilitação no Instituto Biopesca. Esse procedimento é muito importante para maior aquisição de conhecimento sobre as espécies animais e, assim, pode colaborar para estudos que favoreçam sua conservação. O programa de estágio também tem espaço neste informativo e conta um pouco da história da estudante Alice Americano, que atuou no Biopesca por pouco mais de dois meses. Confira também o que é a técnica de diafanização e a participação da entidade em evento na sede da Unidade de Operações da Bacia de Santos (UO-BS), da Petrobras.
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Foto: Kaio Nunes / Instituto Biopesca
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Gaivota e fragata são reabilitadas e anilhadas
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Duas aves em reabilitação no Instituto Biopesca foram anilhadas neste mês. Esse procedimento consiste na colocação de uma anilha em uma das patas do animal, identificada com um número que gera informações sobre o indivíduo. Caso ele seja encontrando novamente encalhado em alguma praia, será possível ter acesso a informações específicas, como padrões migratórios.
O anilhamento foi realizado em parceria com a Aiuká Consultoria em Soluções Ambientais. As aves anilhadas foram uma gaivota (Larus dominicanus) e uma fragata (Fregata magnificens). A primeira apresentava uma inflamação da articulação da asa direita e já está se recuperando; já a fragata, um macho adulto, estava debilitada, foi tratada e vem fazendo fisioterapia e treinos de voo para se recuperar. Em breve, as aves devem ser soltas e voltar para o seu ambiente natural.
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Foto: Maria Carolina Ramos / Instituto Biopesca
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Programa de estágio colabora com formação de universitários
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Desde 2018, um total de 33 estudantes universitários já participou do programa de estágios do Instituto Biopesca, em sua maior parte alunos de Medicina Veterinária e Biologia. Essa iniciativa integra o apoio a atividades acadêmicas, um dos objetivos da entidade, e colabora com o aprendizado teórico e prático dos participantes.
Uma das estagiárias do Biopesca foi Alice Pereira Americano, 23 anos, estudante de Medicina Veterinária da Unesp/Jabuticabal. Sua experiência, que terminou agora em novembro, durou pouco mais de dois meses e, na avaliação dela, “foi tão positiva que, se fosse possível, continuaria”. Entre as atividades que desenvolveu, estiveram o atendimento a animais marinhos vivos, o acompanhamento de solturas e de exames de necropsia. “Tive contato com animais que ainda não tinha visto, como golfinhos e tartarugas. Essa experiência foi muito rica”, conta. Ela também teve a iniciativa de montar o crânio de uma tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), encontrada já sem vida pelo pescador Juliano Almeida, parceiro do Biopesca, em 2016 em Mongaguá. “Esse trabalho foi desafiador, mas gostei muito”, comentou.
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Foto: Raia-viola-de-focinho-curto / Kaio Nunes / Instituto Biopesca
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Acervo de Educação Ambiental aumenta com animais diafanizados
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Os primeiros exemplares diafanizados pelo Instituto Biopesca já estão prontos para as próximas ações de Educação Ambiental da entidade. A diafanização consiste em uma técnica de conservação usada para estudar a anatomia, esqueletos e tecidos de animais pequenos a olho nu.
Os primeiros animais que passaram pelo processo no Biopesca foram uma cobra-do-milharal (Pantherophis guttatus), três raias-viola-de-focinho-curto (Zapteryx brevirostris), duas raias-viola (Pseudobatus sp.), um tigre d’água (Trachemys dorbigni) e uma miriquita (Myrichthys ocellatus). O processo durou, em média, cerca de três meses.
“O tempo necessário é relativo ao tamanho dos animais escolhidos”, explica o biólogo Luan Bernal, do Biopesca. “No processo, o tecido perde a coloração e os corantes azul (alcian blue) e roxo (alarizina red) fixam-se na cartilagem e nos ossos, respectivamente, dos exemplares. Dessa forma, não é necessário dissecar os animais para estudar sua anatomia”, explica Bernal. A diafanização também é ferramenta para estudar a formação óssea de fetos de animais por meio de comparações de indivíduos com tempo de gestação diferentes.
Os animais diafanizados serão expostos nos eventos de Educação Ambiental do Instituto Biopesca, agregando mais informações aos materiais biológicos já usados nos eventos.
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Foto: Maria Carolina Ramos / Instituto Biopesca
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Biopesca participa de evento na Petrobras
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No dia 6 de novembro, o Instituto Biopesca e outras instituições participaram de evento na sede da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos (UO-BS), da Petrobras, em Santos (SP). O encontro foi uma iniciativa do Programa de Comunicação Social Regional da Bacia de Santos para integrar as equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e do Projeto de Monitoramento Ambiental da Atividade Pesqueira (PMAP), realizados pela Petrobras na Baixada Santista e em outros pontos do Brasil diante de exigências do IBAMA.
A apresentação sobre o PMP-BS foi realizada pelo biólogo Alexandre Martinelli, da Mineral Engenharia e Meio Ambiente, responsável técnica pela execução do Projeto no estado de São Paulo, seguida da exposição das executoras, entre elas o Biopesca. O médico veterinário Rodrigo del Rio do Valle, coordenador geral do Biopesca, apresentou as atividades da instituição desenvolvidas nos últimos quatro anos, quando o PMP-BS foi iniciado. Já o pesquisador Antônio Olinto, do Instituto de Pesca, explicou os principais aspectos do PMAP e alguns dos resultados alcançados. O Instituto de Pesca é uma das instituições executoras do PMAP.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Para acionar o serviço de resgate de golfinhos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
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O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.
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Expediente:
A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883 - Textos: Kaio Nunes
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