Newsletter Instituto Biopesca - Edição 01 - Julho / 2019

EDITORIAL: É com orgulho que o Instituto Biopesca apresenta a primeira edição da sua newsletter, o boletim digital de notícias que se soma às demais mídias da instituição para levar informações sobre o seu trabalho e sensibilizar o público para as causas de conservação marinha. O número de estreia já chega de forma especial porque comemora o primeiro ano de atendimento a animais marinhos pela equipe do Instituto Biopesca, entidade que já atua há mais de duas décadas para promover a proteção de espécies marinhas ameaçadas por meio de pesquisas, monitoramento de praias e educação ambiental.  Além disso, esta primeira edição destaca as ações voltadas à sustentabilidade já adotadas pela instituição a fim de celebrar a campanha #JulhoSemPlásticos, promovida por várias entidades em diferentes países.
Boa leitura.

Sede do Biopesca é modelo de
sustentabilidade de Praia Grande

A sede do Instituto Biopesca, em Praia Grande, é a instalação modelo de sustentabilidade do município. A organização ganha esse reconhecimento porque apresenta itens que aproveitam melhor os recursos, a exemplo de cisternas para água de reuso, móveis produzidos com material reciclado e lixeiras para coleta de resíduos recicláveis, além de outros elementos.
Todos esses itens atendem os requisitos do Programa Município Verde Azul, criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 2007.
A primeira visita técnica às instalações ocorreu no dia 3 de junho, quando um grupo formado por 11 profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Praia Grande esteve no local. O Programa Município Verde Azul tem a finalidade de medir, apoiar e descentralizar a agenda ambiental nos municípios, bem como estimular as prefeituras a executarem políticas públicas em favor do desenvolvimento sustentável.
O imóvel que sedia o Instituto Biopesca foi cedido pela Prefeitura Municipal de Praia Grande, parceira da organização.

Ações para diminuir plástico de uso único

Atento à importância da sustentabilidade do ambiente, o Instituto Biopesca está adotando uma série de medidas que colabora com a menor geração de resíduos, principalmente plásticos, e o melhor uso dos recursos. Uma delas é a criação da Comissão de Sustentabilidade, que tem por objetivo reduzir o impacto das atividades do Biopesca no meio ambiente ao implantar iniciativas voltadas ao descarte correto e destinação de material apropriado a entidades da área de reciclagem.
Esse trabalho começou em fevereiro e já foram estabelecidas parcerias com entidades que têm iniciativas na área de reciclagem, a exemplo do Tampa Amiga, que recicla tampas plásticas de embalagens, e da TerraCycle, que receberá itens de escrita e esponjas de limpeza. Além disso, os resíduos recicláveis são depositados em recipientes apropriados e, semanalmente, são pesados antes da destinação final. 

Campanha #ElimineSeuLixoPlástico

O Instituto Biopesca está promovendo a campanha #ElimineSeuLixoPlástico nas suas mídias sociais. O objetivo é sensibilizar as pessoas para que evitem o uso do plástico único, a exemplo de canudos, copos e garrafas descartáveis, e reflitam sobre o consumo desse tipo de material. A campanha é composta por depoimentos testemunhais de parceiros sobre como evitar o uso de plástico, conteúdo informativo e animações, como a do canudo, que será lançada neste mês com um sorteio de canudo de inox em bag de algodão com o logotipo do Biopesca.
A iniciativa é resultado da constatação do impacto negativo desses resíduos no meio ambiente, que inclui os prejuízos aos mares e oceanos e aos animais que vivem nele. Um exemplo nesse sentido é o resultado da pesquisa “Ingestão de resíduos sólidos por tartarugas marinhas encalhadas no litoral centro-sul do Estado de São Paulo”, mostrando que 78,29% dos tratos gastrointestinais de 516 tartarugas marinhas examinadas já sem vida pela equipe da organização entre agosto de 2015 e maio de 2018 apresentavam algum tipo de resíduo, principalmente plástico. 
Esse estudo é de autoria dos médicos veterinários Pryscilla Marancini, Giovanna Taccani, Vanessa Ribeiro, Isabela Boaventura e Rodrigo Valle; dos biólogos Victor Santos, Camila Seabra, Ítalo Bini e Carolina Bertozzi, todos do Instituto Biopesca.

Em um ano, quase 150 animais atendidos

Em um ano, 149 animais, em sua grande maioria espécies marinhas, já foram estabilizados ou reabilitados pela equipe do Instituto Biopesca. Esse número se refere ao começo do atendimento veterinário a animais encontrados debilitados em praias ou encaminhados por instituições parceiras, iniciado em maio de 2018.
A maior parte dos animais atendidos pertence ao grupo de aves. Foram 92, entre atobás (Sula leucogaster), gaivotas (Larus dominicanus), bobos-pequenos (Puffinus puffinus) e pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). Houve também o caso de um albatroz-de-sobrancelha-negra (Thalassarche melanophris), que ganha destaque porque essa é uma espécie raramente avistada na costa, já que vive toda a sua vida em alto-mar, indo para terra – em especial, ilhas distantes – apenas para se reproduzir.
A estrutura da sede do Instituto é devidamente equipada para o atendimento dos animais, incluindo ambulatório, laboratório e recintos apropriados para as diferentes espécies estabilizadas ou reabilitadas. A grande maioria é resgatada durante a execução do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. 
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. 
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
PPara acionar o serviço de resgate de golfinhos, tartarugas e aves marinhas, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (chamada a cobrar ou pelo WhatsApp).

Expediente:

A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883 - Textos: Kaio Nunes
Fotos: Maria Carolina Ramos e Kaio Nunes/Assessoria de Comunicação/Instituto Biopesca